São cada vez mais constantes as reclamações quanto ao atendimento dado às pessoas. Vendedores e gerentes de lojas grosseiros, desgostosos e até mal educados, fazem com que os clientes se sintam constrangidos num espaço que só existe em razão deles. Mas estas situações não se restringem ao comércio. O atendimento, de um modo geral, está muito ruim.
Você vai ao médico e sua consulta não leva mais que 10 minutos e, às vezes, ele nem tira os olhos do computador; vai ao banco e é atendido por estagiários imaturos que ainda não aprenderam o valor do trabalho (e muito menos dos clientes); resolve sair para jantar e é atendido por garçons impacientes e que ainda lhe cobram a gorjeta! E não vou nem citar o péssimo atendimento dos órgãos públicos, onde além de sermos mal atendidos por funcionários visivelmente desmotivados, ainda bancamos os seus salários.
A contradição disso tudo é que vivemos na era do relacionamento e do compartilhamento. Muito se fala, e eu concordo, que é importante para os negócios ter uma vasta e qualificada rede de relacionamentos. Seja empreendedor, consultor de empresas, vendedor, professor particular, arquiteto, engenheiro ou escritor, quanto mais contatos tiver, quanto maior for o seu networking, mais chances de ser bem sucedido em suas pretensões de vender, comprar, trocar de emprego, buscar novas oportunidades ou simplesmente tornar-se conhecido.
No ambiente virtual, estamos aprendendo muito bem e temos aí facebook, linkedin, twitter e tantas outras redes sociais para nos auxiliar nessa empreitada, facilitando o contato e a interação entre as pessoas. Empresas estão se esmerando para melhorar sua imagem nas redes, trabalhando para aumentar o acesso aos sites, angariar mais amigos, seguidores e fãs. Mas e no cara a cara? Estamos aprendendo a nos relacionar nas redes, em contatos virtuais e desaprendendo a nos relacionar com as pessoas que estão, de fato, interagindo conosco.
As redes sociais e os relacionamentos que mantemos nelas são apenas mais uma ferramenta – aliás, uma importante ferramenta -mas estar “bombando” na rede, não significa sucesso e resultado. É preciso resgatar e manter o bom atendimento, o respeito e a atenção ao cliente que nos procura, que entra em nosso estabelecimento. Não nos enganemos, as pessoas ainda prezam pelos lugares onde são bem recebidas e não pelos likes do facebook.
