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Trabalho em Equipe: entenda os desafios atuais

Uma das grandes dores que eu sempre escuto nos meus atendimentos, sejam de coaching ou desenvolvimento de líderes é a seguinte questão: “Kátia, como faço para o trabalho da minha equipe ser melhor? Muitas vezes tenho a sensação de que é cada um por si Deus por todos! Prepondera o individualismo, o egoísmo!”

Outros fatores dos desafios atuais para um trabalho em equipe são as características de um mundo BANI, pós pandemia, trabalho remoto.

Então manter uma equipe integrada, incluída com maturidade para saber lidar com os seus duelos diários é um desafio muito grande para as empresas atualmente.

Quais as soluções para melhorar esse cenário?

Continue conosco e descubra algumas soluções que identificamos e compartilhamos com você!

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Sobre Trabalho em Equipe:

Vamos iniciar conceituando o que seria uma equipe?

Toda equipe é um grupo, porém… nem todo grupo é uma equipe! (Carlos Basso, sócio diretor da Consultoria CRBasso) 

  • Grupo é um conjunto de pessoas com objetivos comuns, em geral se reúnem por afinidades. No entanto, esse grupo não é uma equipe.
  • Equipe é um conjunto de pessoas com objetivos comuns, atuando no cumprimento de metas específicas.

Exemplo: grupo são todas as pessoas que vão ao cinema para assistir ao mesmo filme. Elas não se conhecem, não interagem entre si, mas o objetivo é o mesmo: assistir ao filme. Já a equipe pode ser o elenco do filme: todos trabalham juntos para atingir uma meta específica que é fazer um bom trabalho, um bom filme.

Equipe: é quando um grupo ou uma sociedade com conhecimentos complementares, comprometida com propósito, meta de desempenho e abordagem comum, e pelos quais se mantêm mutuamente responsável, ou seja, que resolve criar um esforço coletivo para resolver um problema; que se dedica a realizar uma tarefa ou determinado trabalho.

O trabalho em equipe possibilita a troca de conhecimento e agilidade no cumprimento de metas e objetivos compartilhados. Compreende seus objetivos e está engajado em alcançá-los, de forma compartilhada. A equipe presta atenção na própria forma de operar e procura resolver os problemas que afetam o seu funcionamento.

Alguns especialistas acreditam que o futuro pertence a organizações baseadas em EQUIPES. Grupos existem em todas as organizações, equipes são raras.  A equipe é um grupo de pessoas com funcionamento qualificado.

Quando uma pessoa começa a integrar um grupo, há uma base interna de diferenças que englobam conhecimentos, informações, opiniões, preconceitos, atitudes, experiência anterior, gostos, crenças, valores e estilo comportamental, o que traz inevitáveis diferenças de percepções, opiniões, sentimentos em relação a cada situação compartilhada. Essas diferenças passam a constituir um repertório novo (o daquela pessoa naquele grupo). Como essas diferenças são encaradas e tratadas, determina a modalidade de relacionamento entre os membros do grupo.

Se as diferenças são aceitas e tratadas em aberto, a comunicação flui fácil, em dupla direção, as pessoas ouvem as outras, falam o que pensam e sentem, e têm possibilidades de dar feedback. Se as diferenças são negadas e suprimidas, a comunicação torna-se falha incompleta, insuficiente, com bloqueios e barreiras, distorções e fofocas. As pessoas não falam o que gostariam de falar, nem ouvem as outras, só captam o que reforça sua imagem das outras e da situação.

O relacionamento interpessoal pode tornar-se e manter-se harmonioso e prazeroso, permitindo trabalho cooperativo, em equipe, com integração de esforços, conjugando as energias, conhecimentos e experiências para um produto maior que a soma das partes, ou seja, a tão buscada sinergia. Ou então tende a tornar-se muito tenso, conflitivo, levando à desintegração de esforços, a divisão de energias e crescente deterioração do desempenho grupal para um estado de entropia do sistema e final dissolução do grupo.

 

Numa equipe, todos têm a sua importância

Suponha que você e mais umas duas pessoas estão trabalhando em uma plantação de feijão, onde cada um ganha um salário correspondente ao seu dia de trabalho. O trabalho funciona da seguinte maneira: em fila, você cava o buraco, o segundo joga a semente e o terceiro integrante tapa o buraco. Cada integrante deste grupo se preocupa apenas em realizar a sua tarefa, nada entendendo sobre a  importância do trabalho dos outros. “É cada um por si”.

Um certo dia, o segundo membro da equipe faltou ao trabalho por motivo de saúde, porém, a atividade continuou, pois cada um recebia o salário correspondente ao seu dia de trabalho e eles sabiam muito bem qual era a sua responsabilidade, sem a necessidade de um líder para orientá-los. Você cavava o buraco, o segundo não jogou a semente (pois havia faltado), mas, o terceiro tapava o buraco e assim prossegue o dia inteiro….

Muitas pessoas, estão trabalhando em grupo e não em equipe, como se estivessem em uma linha de produção, onde o trabalho é individual e cada um se preocupa em realizar apenas sua tarefa e pronto. No trabalho em equipe, cada membro sabe o que os outros estão fazendo e sua importância para o sucesso da tarefa. Eles têm objetivos comuns e desenvolvem metas coletivas que tendem a ir além daquilo que foi determinado. Se no exemplo anterior você e os demais integrantes do grupo trabalhassem como equipe, conhecendo a importância do trabalho de cada membro, tendo uma visão e objetivos comuns, certamente vocês diriam: nosso colega faltou, vamos ter que substituí-lo ou mudar o modo como estamos plantando, se não nosso trabalho será improdutivo.”

 

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É necessário ter normas de convivência bem definidas

Para que exista harmonia em uma equipe, é necessário que se tenham normas bem definidas; objetivos e metas comuns, e seja esperado o mesmo resultado.

Mas cada uma deve construir sua própria visão, com valores e crenças que todos partilhem. Para trabalhar em equipe ocorre a interdependência entre os integrantes, sendo importante a confiança e um bom relacionamento interpessoal.

Desta forma é mais adequada a construção daquilo que se denomina “pactos de convivência” entre os membros da equipe. Construir um pacto deste tipo implica, portanto, em sentar junto com certa periodicidade e resolver questões do tipo: definição de objetivos e metas; divisão de papéis e funções; ajustes interpessoais; resolução de conflitos; definição da organização do trabalho e dos níveis de autonomia; relações com o líder.

Armando Ribeiro em seu artigo “Trabalhar em equipe” ressalta que são primordiais algumas condições básicas para o desenvolvimento de verdadeiras equipes de trabalho, veja:

  • Promover a discussão da missão, dos valores e dos limites dos indivíduos e da equipe;
  • Conhecer os objetivos pessoais e profissionais de curto, médio e longo prazo de cada um dos integrantes. Saber para onde querem ir;
  • Criar ambiente que favoreça, permanentemente, a confiança, honestidade, respeito, o diálogo e o bom-humor;
  • Definir com clareza os objetivos a serem alcançados;
  • Criar condições que favoreçam a transformação individual e da equipe;
  • Nenhuma equipe sobrevive sem desafios;
  • Permitir que a liderança seja democrática, escolhida preferencialmente pelos integrantes da equipe;
  • Promover trabalho que agregue valor;
  • Propiciar condições para que cada integrante possa assumir riscos;
  • Conjugar os verbos na primeira pessoa do plural – NÓS;
  • Ter visão de futuro;
  • Aprimorar constantemente as relações interpessoais;
  • Focar nos resultados e nos relacionamentos;
  • Conhecer as competências de cada um dos integrantes.

Raphael Roale, no seu artigo “10 dicas para se trabalhar em equipe”, segundo seu relato, em um momento de sua vida profissional necessitou dividir onze pessoas em três grupos de trabalho, o que gerou um caos, onde havia muita gente cedendo, poucas pessoas felizes, o trabalho levando o dobro do tempo previsto. Então nos deixou 10 dicas, que segundo ele aprendeu com o seu erro da pior maneira possível: falhando. Confira:

  1. Tenha paciência: muitas vezes é difícil conciliar opiniões diversas, principalmente quando se está em grupo. Dessa forma é muito importante que você tenha a devida paciência. Procure sempre mostrar os seus pontos de vista com moderação e ouça o que os outros têm a dizer, mesmo que não esteja de acordo com as suas opiniões.
  2. Aceite sempre as ideias das outras pessoas: nem sempre é fácil aceitar novas ideias ou admitir em público que não temos razão, mas é importante saber reconhecer que a ideia de um colega pode ser muito melhor do que a nossa. Afinal de contas, mais importante do que o nosso orgulho é o objetivo comum que o grupo pretende alcançar.
  3. Nunca critique seus colegas: quando surgirem conflitos entre os colegas de grupo, é de vital importância não deixar que isso interfira no trabalho em equipe. Avalie as colocações do colega, com total isenção sobre suas impressões de caráter. Pode criticar (de forma construtiva) as ideias, nunca a pessoa.
  4. Saiba como dividir: entenda que é muito importante dividir tarefas quando se trabalha em equipe. Não parta do princípio que é o único que pode e sabe realizar uma determinada tarefa. Delegar, compartilhar responsabilidades e informações é fundamental.
  5. Não deixe de trabalhar, colaborar: não é por trabalhar em equipe que você precisa esquecer de suas obrigações. Lembre-se que dividir as tarefas é uma coisa, deixar de trabalhar é outra completamente diferente. Colabore.
  6. Mantenha uma postura participativa e solidária: procure dar o seu melhor e ajudar os colegas, sempre que necessário. Da mesma forma, não se sinta constrangido quando precisar pedir ajuda a alguém da equipe.
  7. Mantenha o diálogo, sempre: quando se sentir desconfortável com alguma situação ou função que lhe tenha sido atribuída, é importante explicar o problema para que seja possível achar uma solução que agrade a todos.
  8. Planejamento é essencial: quando existem várias pessoas trabalhando em conjunto, a tendência natural é que se dispersem. O planejamento e a organização são primordiais para que o trabalho em equipe seja eficiente e eficaz. O importante é fazer o balanço entre as metas a que o grupo se propôs e o que conseguiu alcançar no tempo previsto.
  9. Cuidado com o pensamento coletivo: quando tudo já foi conversado e todas as decisões tomadas, é muito comum que um grupo coeso e homogêneo se torne resistente a mudanças e ignore outras opiniões. Quando isso ocorrer, o grupo deve ouvir opiniões externas e aceitar a ideia de que pode errar.
  10. Aproveite e divirta-se: no final de tudo, trabalhar em equipe pode ser uma excelente oportunidade de aprender com seus colegas e conviver mais próximo a eles. Todos ganham com a experiência.

Para José Geraldo de Souza, o tempo é um ingrediente fundamental para que ocorra um verdadeiro trabalho em equipe, este possibilita que seus membros possam ajustar suas diferenças individuais. José Geraldo, cita que este é o primeiro passo em direção a produtividade da equipe: “O verdadeiro trabalho em equipe implica em uma organização interna dos papéis, recursos e dinâmica de funcionamento, acertos de convivência, grau de autonomia decisória e relações com o líder”. E sabemos que isso não é fácil de conseguir, pois atualmente vivemos em um cenário de muita pressão, de busca por resultados, que nem sempre são fáceis de implementar.

De acordo com o mesmo autor, para chegarmos ao estado de produtividade ideal é preciso que a equipe separe periodicamente um tempo para alinhamento: das expectativas, das relações, dos conflitos, divisão de papéis e funções, organização do trabalho, dos níveis de autonomia, das individualidades em direção aos objetivos e aos resultados (essas pequenas reuniões podem ocorrer 15 minutos antes ou depois do horário de trabalho). Dessa forma é adequada a construção de “PACTOS DE CONFIANÇA” entre os membros da equipe. 

 

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Principais erros no trabalho em equipe:

  1. Fazer fofoca de colegas ausentes: para evitar que o seu comentário chegue distorcido aos ouvidos de seu amigo, o que pode gerar conflitos, faça diretamente a ele.
  2. Rejeitar o trabalho em equipe: para se chegar a um bom resultado é preciso um trabalho em equipe. Se um colaborador não estiver disposto a colaborar com seus colegas, certamente será um elo quebrado. Desta forma o grupo não chegará ao resultado esperado.
  3. Ser antipático: por mais que o trabalho exija muita concentração do colaborador, isso não deve impedi-lo de ser simpático em seu ambiente de trabalho. Falar um bom dia e cumprimentar os outros são atitudes de respeito pelos demais.
  4. Deixar conflitos pendentes: quando existem conflitos entre os colaboradores de uma equipe, estes devem conversar para esclarecer os maus entendidos, pois se estes conflitos se acumularem, poderão gerar desconforto, antipatia, fofoca com outros colaboradores e um clima péssimo para toda a equipe.
  5. Ficar de cara fechada: trabalhar na presença de um companheiro de equipe mal humorado além de gerar um clima de desmotivação, afeta a produtividade. Por essa razão, manter o bom humor no trabalho é fundamental para cultivar bons relacionamentos.
  6. Não ouvir os colegas: em uma reunião é importante não questionar seus companheiros de equipe com um ar de superioridade, por que isso não só intimida seus colaboradores como também passa uma imagem que você é hostil. E é importante você ouvir todos e não descartar os que têm pouca experiência, pois estes podem mostrar novas ideias e opiniões.
  7. Não respeitar a diversidade: o respeito e o tratamento justo são valores do mundo globalizado que deveriam estar no DNA de todos. Sem eles, o colaborador atrapalha o relacionamento das equipes, invade limites dos colegas e a natureza do outro.
  8. Apontar o erro do outro: a perfeição não é virtude de ninguém. Antes de apontar o erro do outro, deve-se analisar a sua própria conduta e sua responsabilidade para o insucesso de um trabalho ou projeto. É melhor ajudar a solucionar um problema do que criar outro maior em cima de algo que já deu errado. 
  9. Ficar nervoso: a empatia deve entrar em prática em momentos de tensão, cada um apresenta um ritmo de trabalho e isso não quer dizer que trabalhe melhor que o outro. O respeito e a maturidade profissional devem falar mais alto do que o nervosismo. Equilíbrio emocional e uma conduta educada são importantes tanto para a empresa quanto para o profissional.

 

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Para refletir:

Conta-se que vários bichos decidiram fundar uma escola.

 Se reuniram e começaram a escolher as disciplinas.

O pássaro insistiu para que houvesse aulas de voo.

O peixe, para que o nado fizesse parte do currículo também.

O esquilo achou que a subida perpendicular em árvores era fundamental.

E o coelho queria de qualquer jeito que a corrida fosse incluída.

Assim foi feito. Incluíram tudo, mas cometeram um grande erro.

Insistiram para que todos os bichos praticassem todos os cursos oferecidos.

O coelho foi magnífico na corrida, ninguém corria como ele.

Mas, queriam ensiná-lo a voar. Colocaram-no numa árvore e disseram: “Voa, coelho”.

Ele saltou lá de cima e “pluft”, coitadinho, quebrou as pernas.

O coelho não aprendeu a voar e acabou sem poder correr também.

O pássaro voava como nenhum outro animal, mas, o obrigaram

a cavar buracos como uma toupeira. Quebrou o bico e as asas, e depois

não conseguia voar tão bem, e nem cavar buracos.

 

Fica aqui uma lição e reflexão!

Todos nós somos diferentes uns dos outros e cada um tem uma ou mais qualidades, que são próprias. Não podemos exigir ou forçar para que as outras pessoas sejam parecidas conosco ou tenham nossas qualidades.

Se assim agirmos, acabaremos fazendo com que eles sofram, e no final, eles poderão não ser o que queríamos que fossem e ainda pior, eles poderão não mais fazer o que faziam bem feito.

Toda a equipe é composta por diferentes indivíduos, sendo importante estar consciente das diversas maneiras como influenciamos e distorcemos as informações sobre o outro e o ambiente que nos cerca.

Assim, é fundamental desenvolver a capacidade de se colocar no lugar do outro, facilitando a compreensão das suas atitudes, dificuldades e desejos (é o que chamamos de empatia). A equipe será mais produtiva quanto mais inteligente for, quanto melhor tiver consciência de suas emoções e souber lidar com elas.

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