Mas o que isso tem a ver com a gestão da sua empresa?
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Ctrl C, Ctrl V e a Desinformação
Estamos ficando cada vez mais preguiçosos, letárgicos e apáticos.
Somos movidos pelo Ctrl C, Ctrl V.
Optamos por não pensar, pois é mais prático e essa atitude “otimiza” o nosso valioso tempo.
Mas isso tem um preço: a partir do momento que delegamos aos outros a nossa responsabilidade de refletir e repensar o que estamos e como estamos fazendo, viramos meros expectadores do processo.
E isso não tem a ver com a falta de informação, muito pelo contrário, pois, tudo está disponível o tempo todo, mas sim com a qualidade do que recebemos.
Assim como a informação qualificada é o combustível para a tomada de decisões igualmente qualificadas, o contrário é verdadeiro. A desinformação é o combustível do caos, da confusão mental, do erro, da angústia e da ansiedade.
Vivemos hoje no mundo das fake news e, neste processo, os meios de comunicação não estão aí para nos informar, mas sim para nos oferecer uma opinião já formada a respeito de um determinado assunto.
Em resumo, o processo é muito prático e não exige muita reflexão: basta você se posicionar contra ou a favor, simples assim.
No geral, as pessoas não buscam se certificar sobre as informações que consomem, se são verdadeiras ou falsas e, nesse processo, digamos assim, o “boom” da desinformação acontece.
Jogo da Desinformação
Interessante que atualmente, a maior parte da informação que chega para nós, nos coloca sempre em uma posição de “xeque” — remetendo ao jogo de xadrez. Se optamos por algo, somos automaticamente criticados por outro, e neste jogo de separação existe sempre alguém ganhando algo com isso.
Recebemos e aceitamos a informação que chega a nós, sem questionar. Trazendo novamente a analogia do jogo de xadrez, somos transformados em peões, em ratos de laboratório, facilmente manipulados pelo jogo da informação manipulada. Passamos a permitir que os outros pensem por nós.
A questão é: o que isso tem a ver com gestão? Tudo!
Gestão e Informação
Atualmente, as empresas buscam os melhores sistemas de informação, tentam otimizar os meios de comunicação eletrônicos, mas o básico não é feito: reuniões de alinhamento periódicas. Estamos deixando o “olho no olho” para trás, buscando minimizar os efeitos de possíveis conflitos.
Em resumo, a informação qualificada em tempo real e as diretrizes para a solução dos problemas, muitas vezes não são disseminadas e assim os problemas se acumulam, criando um abismo entre a teoria e a prática, entre conceitos e realidade. Os conceitos que deveriam ser tangibilizados em ações práticas, viram meras falácias e aquilo que deveria ser entregue como proposta de valor ao cliente é bem diferente do que, de fato, deveria ser.
Conversas difíceis são postergadas, decisões importantes são negligenciadas, a conta no final não fecha e, mesmo assim, existem gestores que preferem não enxergar o óbvio. Quando se dão conta, a decisão é tomada, porém, os efeitos positivos do processo são praticamente nulos.
Assuma as Rédeas do Processo
Onde quero chegar: assuma as rédeas do processo! Você é o maior conhecedor do seu negócio e busque ter ao seu lado, profissionais e parceiros que tragam informação qualificada para a tomada de decisão. Nos acomodamos com parceiros que nos empurram para baixo, com uma prestação de serviços medíocre e ainda pagamos caro por isso.
A cada dia que passa, precisamos rever a forma como enxergamos o processo, afinal precisamos nos adaptar as necessidades do mercado, pensando em como manter ou ampliar o nível da qualidade da prestação de serviços — independente do seu segmento e área de atuação.
Isso não deveria ser novidade para ninguém, mas a acomodação é a receita de sucesso para o caos.
Questione o que está dando errado, questione o que está dando certo, repense a qualidade da informação que você tem em mãos para a tomada de decisão, se coloque à disposição para liderar e para rever conceitos.
Ouça quem está ao seu lado e coloque sua equipe para pensar e não somente para executar. Desafios são o motor que impulsionam a criatividade. Tudo bem que somos experts nisso, afinal, vivemos num país de altos e baixos constantes, mas o que estou me referindo é que o conjunto deve andar no mesmo ritmo, caso contrário, a banda tocará desafinada.
Olhe para o seu contexto e para o mercado e questione: o que eu poderia fazer de diferente? O que eu preciso para fazer diferente? Quem são os parceiros que preciso ter ao meu lado para colocar isso em prática? Repense, revise, reflita.