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Prova de fogo para quem é à prova de fogo

O medo da incerteza nos paralisa. A maioria de nós não foi preparado para momentos como os que estamos vivendo hoje. Por mais que tenhamos resiliência para lidar com muita coisa em nossas vidas, o que estamos vivenciando hoje é um emaranhado de situações que fogem a racionalidade. E por que é tão difícil lidar com tudo isso? Porque somos condicionados a tentar achar respostas para os mais variados problemas e, somando a dificuldade do novo, daquilo que é difícil lidar, estamos no meio de um bombardeio de desinformação.

Por mais que isso não seja novidade na história da humanidade, tudo isso é novo pra nós, geração que talvez não tenha sentido na pele um nível de dificuldade tão intenso. Estamos administrando a realidade de uma retração econômica somada ao risco de uma doença que até então caminha nas sombras. A retração econômica nunca foi novidade para nós, mas o medo do amanhã nos apavora.

Vamos a pergunta de 100 milhões de dólares: vamos à luta ou ficamos na encolha?

Racionalmente, sabemos que precisamos ir à luta, lógico, mas o problema é que não conhecemos o jogo. Não tivemos tempo para treinar e logo na estreia do campeonato nos colocaram para jogar no ataque, num campo enlameado, em dia de chuva, com uma bola murcha e pesada. E o pior: jogadores que deveriam estar ao nosso lado estão no banco com medo de entrar em campo e alguns estão torcendo para o adversário.

Brincadeiras à parte, uma coisa é certa: podemos vencer o jogo!

Liderar é saber lidar com adversidades, trazer as pessoas de volta a realidade, dando ênfase ao que está na nossa frente, no que é visível. Apostas são necessárias para lidar com as incertezas, mas lembremos do ensinamento que consta no nosso ‘manual de instruções’: “Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã trará as suas próprias preocupações. Basta a cada dia o seu próprio mal.” (Mateus 6:34)

Mudança

Para o professor John Kotter, a atividade principal de um líder é produzir a mudança. A sua atuação deve ser pautada em três dimensões: estabelecer a direção estratégica da organização, comunicar estas metas aos recursos humanos e motivá-los para que sejam cumpridas.

É sempre bom lembrar também que a palavra líder, de origem celta, tem como significado “o que vai na frente”, ou seja, tudo começa por nós, para depois chegar no outro.

O que não estamos conseguindo aprender, contudo, é como administrar momentos como este. Somos muito preocupados com os outros, quando pensamos na repercussão das coisas, mas pouco preocupados com outros, quando o assunto é se envolver. Precisamos entender que para destravar, o primeiro passo é olhar a grama do vizinho. Se ela estiver verde, que isso sirva de estímulo para você cuidar da sua e se estiver seca, que sirva de estímulo para que você o ajude a tratá-la.

Somos absurdamente melhores quando desafiados, quando nos envolvemos e quando cuidamos dos outros. Isso consome alguns megawatts de energia física e mental, mas é melhor gastar energia com o que nos faz dormir tranquilos à noite do que com pensamentos e ações que não nos levam a nada.

O que estamos buscando, então? Qual é a nossa base de informação para controlar nossa ansiedade? Qual é o nosso alicerce neste momento? Reflita sobre tudo isso e lembre-se do principal: os tropeços fazem parte do processo e são eles que nos fazem rever nossos conceitos. Falhar está na nossa essência e não há nada de errado nisso.

Depois de refletir bastante você vai perceber que o grande segredo dessa história é compreender quem está ao nosso lado, ou seja, quem decidiu ficar conosco independentemente do tamanho da tempestade. E se você não está preparado para falhar, você não está preparado para aprender. Temos muito medo de errar e falhar, mas é isso que limita nossa criatividade e capacidade de inovar.

Em resumo, a prova de fogo é nossa, primeiro individual, depois coletiva, mas isso faz parte do pacote e não estamos sozinhos nesta caminhada. E como dizia Oliver Wendell Holmes, “o mais importante da vida não é a situação em que estamos, mas a direção para a qual nos movemos.”

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