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Mulheres, o passado como referência

Somos muitas e, no Brasil, maioria. São 97,3 milhões de mulheres e 93,4 milhões de homens. Representamos 46,1% da população economicamente ativa e estamos à frente da metade dos novos negócios que são abertos no país, além de ocuparmos a maior parte das vagas nas universidades. Estamos, definitivamente, mudando o cenário econômico e social do país.

Em tempos onde a tecnologia passou a ser um bem disponível e acessível às empresas, e o grande diferencial é o capital humano, as mulheres conseguiram ampliar ainda mais o seu espaço. Afinal, as características pessoais tão exigidas atualmente como sensibilidade, versatilidade e percepção aguçada, além de fazerem parte da rotina delas, foram aperfeiçoadas no decorrer dos anos. Enquanto que os homens, na sua grande maioria, foram ensinados a sufocar tais características para não parecerem “frágeis demais”.

No entanto, passadas as comemorações de 08 de março – Dia Internacional da Mulher – o que fica é a frustração por esta data estar sendo reduzida ao culto à sensualidade e comemorações com muitos perfumes, lingeries, flores e chapinhas. O varejo e a mídia conseguiram distorcer o sentido desta data, e parece que a maioria de nós mulheres consentiu com isso.

Em 08 de março de 1857, na cidade de Nova Iorque, 130 tecelãs foram queimadas vivas porque reivindicavam melhores condições de trabalho, redução da carga diária para 10 horas (eram 16), equiparação de salários com os homens e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho. Foi por isso que surgiu a comemoração, em memória e agradecimento a estas mulheres que lutaram por igualdade e justiça, e não porque somos sensuais e delicadas.

Nós só estamos conseguindo conquistar espaço porque mulheres que vieram antes de nós abriram o caminho. Há 80 anos, nós não tínhamos sequer direito a voto no Brasil! Porém, não iremos nos manter neste espaço devido apenas a fantástica capacidade de equilíbrio em saltos-agulha. Será preciso muito mais do que isso.

É fundamental desenvolver ainda mais os nossos diferenciais – sensibilidade, versatilidade e percepção – mostrar seriedade e competência, buscar capacitação e ter objetivos claros. Podemos ir mais longe, buscar melhores posições em nossa carreira, melhores salários e mais respeito. Nossas precursoras deram o sangue para nos colocarem aqui, temos que fazer nossa parte se quisermos ir adiante e fazer todo aquele esforço valer a pena.

 

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