Todo o fim de ano vem aquele susto quando nos damos conta de que a vida está passando muito rápido. Somos invadidos por aquela sensação de que não deu tempo para fazer tudo naquele ano que passou e vamos lentamente desacelerando, empurrando os compromissos para o ano novo e aproveitando as poucas semanas que restam para limpar as gavetas.
Poderíamos aproveitar, para também limpar as gavetas da alma. Fazer um balanço sobre tudo o que fizemos durante o ano, aquilo que realmente agregou à nossa vida e o que apenas nos tirou o tempo, em vão. Repensar nossas atitudes e posturas, reformatar nosso disco rígido realocando mais espaço para a nossa própria felicidade. Afinal, temos que primeiro estar felizes e satisfeitos conosco, para depois experimentar a felicidade dos que nos cercam.
Mas, a maioria das pessoas, acredita naquela felicidade em letras maiúsculas, a contada nos filmes de Hollywood. Um momento único, mágico e duradouro. E é por isso que se acha normal viver 11 meses sonhando com as férias de fim de ano. Infelizmente, é também por isso, que a felicidade está sendo tomada em pílulas, com tarja preta e receita médica. Era para ser mais simples.
Tem felicidade escondida nos pequenos prazeres diários. O reencontro com um velho amigo (mesmo que no facebook!), as risadas com o pessoal do escritório, o grande negócio fechado, aumentar o volume do som do carro e cantar desafinado, o livro que se acabou de ler, o chopinho com os amigos. A felicidade está mais presente do que imaginamos, só é preciso percebê-la.
E para isso, devemos primeiro estar de bem com a gente mesmo. Talvez não baste apenas trocas as baterias, mas sim mudar a direção. Como ter harmonia na família, na empresa, na escola se cada um de nós trava uma batalha pessoal todos os dias? Priorizar a própria felicidade não é uma atitude egoísta, muito pelo contrário, isto tem um efeito cascata fabuloso! Aliás, quando estiver feliz, abrace o maior número possível de pessoas, porque a felicidade, assim como o resfriado, contagia.
