Consultoria e Assessoria

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Está difícil tomar decisões? Bem-vindo ao clube!

Para um consultor acostumado a levar soluções para as empresas não existe nada mais triste que enxergar um mercado em recessão, levando empresários a fecharem os negócios ao invés de impulsioná-los. Por mais difícil que seja, é muito mais fácil quando o empresário ainda tem poder de escolha, pois muita gente está fechando as portas em decorrência da pressão do mercado e por amargar perdas que são potencializadas em períodos de crise.

E como empreender em um mercado tão hostil, visto que chegamos a níveis de desemprego nunca vistos na história recente do país – 13,7%, segundo a última estatística do IBGE, ou seja, mais de 14 milhões de trabalhadores? Esse cenário influencia tanto o consumo quanto a motivação para abertura de novos negócios. Imagine um desempregado, visualizando a abertura de um negócio como uma condição possível para ganhar o necessário para o seu sustento, mas considerando também que há uma redução do nível de consumo e um aumento do risco. Ponderar a possibilidade de transformar uma ideia em um novo negócio pode ser fantástico e extremamente rentável, porém não existe decisão fácil.

Esses dilemas estão cada vez mais presentes na vida dos empresários ou empreendedores candidatos a empresários e ganham cada vez mais força, uma vez que não existem soluções rápidas para os problemas do país. E isso fica mais evidente quando olhamos para os nossos governantes, que estão debruçados sobre a obsoleta, burocrática e dispendiosa máquina do governo, na qual o tempo de resposta para as demandas do país e das empresas é cada vez mais lento.

Você pode estar achando que eu vou me estender, escrevendo linhas e mais linhas sobre as conhecidas mazelas do país, certo? Não vou! Porém, mesmo tendo como princípio a crença de dias melhores e o pensamento positivo é impossível fechar os olhos para algo tão evidente que por sua natureza tem um efeito devastador na economia e vida das pessoas e empresas.

Por outro lado, muitas empresas estão vivendo e sobrevivendo neste mercado em que sinais indicam que neste ano haverá um pequeno e lento crescimento e que uma retomada consistente da economia pode vir a acontecer em dois, três ou quatro anos, caso haja muito planejamento e mudanças consistentes.

Aí vem a clássica pergunta: Qual é o diferencial dessas empresas? Capital de giro ou fôlego financeiro para suportar a queda nas receitas e margens? Investimento em capital humano? Produtos ou serviços diferenciados? São empresas “camaleão”, com rapidez na capacidade de resposta e adaptação a novos cenários? Isso vem do ímpeto de empreender e da resiliência do empresário? O entendimento de que esta é “mais uma crise” e que vai passar como as outras?

Acredito que é a soma de tudo isso e muito mais. Se a sua empresa tem um pouquinho de cada uma das características acima não há dúvidas de que ficará muito mais fácil suportar uma crise dessa dimensão. Por mais que existam dificuldades, há também uma blindagem econômica, técnica e comportamental que mantém sua empresa de pé mesmo nos momentos mais difíceis. E quando a economia voltar a aquecer e o consumo der o “ar da graça”, sua empresa sairá na frente das demais, pois você teve a coragem e o sangue frio para enfrentar os desafios e sustentar, a duras penas muitas vezes, o seu precioso negócio.

Em meio a esse turbilhão todo é preciso fazer mais uma reflexão de profunda relevância: como está sua saúde física e mental? Você tem dedicado tempo para sua família? Você tem separado horas do seu dia para “equilibrar a balança”? É em momentos como este que os empresários se perguntam se a labuta diária vale a pena e ao mesmo tempo questionam o que fariam se fechassem as portas.

Analisando o contexto geral, cada vez mais o empresário depende da sua capacidade de reinventar-se, buscando o melhor de si e do seu negócio. Reforço aqui que é impossível eximir o governo de culpa, considerando a política suja, a corrupção e os desmandos do nosso país em todo este processo, porém, como não temos alternativa e reclamar sistematicamente não trará as respostas em tempo hábil, temos que bater no peito e buscar, de alguma forma, nos readaptarmos, tendo como ponto de partida um profundo exercício e entendimento das nossas fragilidades e virtudes.

O que precisamos melhorar ou fazer diferente? Quais são as prioridades, considerando uma relação de custo-benefício e ponderando sempre o que pode trazer um rápido e consistente retorno?

Como consultor e empresário, consigo enxergar claramente que a maioria dos empresários vive os mesmos dilemas, angústias e aflições. Porém, por outro lado, é nítido que ações planejadas, consistentes e com foco trazem muito mais resultado, mesmo que as respostas não cheguem no tempo que esperamos. Por mais que o nosso desejo seja o de dias melhores não há como fugir de uma realidade que consome cada vez mais as nossas energias e tempo. Sendo assim, para que tenhamos paz – pois êxito é consequência de uma série de fatores, inclusive este –, é importantíssimo que a ênfase esteja na reinvenção, na capacidade de adaptação e no equilíbrio em todas as esferas de nossas vidas.

 

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