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Como fazer parte da economia compartilhada

Você sabia que a maior empresa global de hospedagem é uma rede social, sem nenhum imóvel, e que já possui mais quartos do que as mais tradicionais redes hoteleiras do mundo? Sim, o aplicativo Airbnb, criado por três amigos na Califórnia (EUA) há menos de 10 anos, já supera o Hilton, Marriot e Intercontinental. Ele conecta anfitriões dispostos a alugar suas casas e apartamentos com hóspedes que buscam mais do que simplesmente alugar um quarto por um preço baixo. Querem viver a cidade sob a ótica de seus moradores e sentir uma experiência.

Bem-vindos à economia compartilhada! Ela traz um novo jeito de consumir: foco na experiência (usufruir o serviço) em substituição ao paradigma da posse do bem. As preocupações ambientais, a recessão global, as novas tecnologias e redes sociais foram responsáveis pelo surgimento desse modelo econômico. Porém, os especialistas apontam que ele não é tão novo assim. Samy Dana, professor de finanças e criatividade da FGV-SP diz que a economia compartilhada vem de centenas de anos, quando as cidades eram pequenas e seus moradores compartilhavam suas posses com os vizinhos. Talvez ele só tenha retornado e, desta vez, em proporções globais, graças às redes sociais.

Aplicativos para hospedagem, caronas, uso compartilhado de carros, de roupas, livros e até a oportunidade de aprender uma nova língua de graça com um nativo. Ideias surgem diariamente e começam a incomodar os modelos e empresas tradicionais a que estamos acostumados. Basta ver o que aconteceu entre o Uber e os taxistas em São Paulo recentemente. Porém, para entendermos a economia compartilhada e enxergar as novas oportunidades que vêm com ela também teremos que mudar nossa forma tradicional de pensar. É o que algumas grandes empresas já estão começando a fazer, como a montadora alemã Mercedes-Benz. Ela oferece carros em um sistema similar aos sites de compartilhamento com o lema: “compartilhar é o novo possuir”.

O professor do departamento de economia da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP) Ricardo Abramovay explica que a economia da oferta, onde as pessoas tinham que engolir o que as empresas produziam, está sendo substituída pela economia da demanda, onde as empresas terão que se adaptar às necessidades dos consumidores. Para ele, o polo ativo vai estar na demanda e não na oferta. 

O fato é que a economia compartilhada veio para ficar e as relações entre fornecedor e cliente não serão mais as mesmas. E não podemos ficar de fora, temos que nos adaptar ao novo, oferecendo experiências e sensações. E então, vamos compartilhar? 

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