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Relógio Ponto ou Resultado?

Enquanto muitos gestores gastam boa parte de seu tempo buscando alternativas para controlar melhor seus funcionários, com o intuito de saber se estão realmente rendendo o máximo que podem, um dos temas mais atuais na Europa é o modelo de gestão que busca conciliar família evida profissional, permitindo que seus funcionários tenham uma jornada de trabalho mais flexível. Na Espanha, foi até criado um selo de certificação (EFR – Empresa Familiarmente Responsável) para quem adota este tipo de prática.

Aliás, a flexibilidade da jornada ou o conceito de trabalhar por objetivos faz parte das práticas encontradas nas campeãs do guia “As 100 melhores empresas para trabalhar no Brasil” – elaborado pela consultoria Great Place to Work e Revista Época. Estão neste grupo empresas como Google, Caterpillar, Laboratório Sabin, Magazine Luiza e Accor, as quais, acredito, dispensam maiores apresentações.

A invasão feminina no mercado de trabalho foi sem dúvidas, o grande propulsor para a disseminação desta prática, porém, essa mudança apenas começou pelas mulheres, porque este modelo serve para qualquer um. A idéia é perceber e tratar o funcionário como um ser humano de fato, que tem vida além da empresa, fazendo com que ele consiga conciliar família e trabalho, sem abdicar de sua vida pessoal e trazendo melhores resultados para a empresa. Afinal, ninguém consegue render 100% se está trabalhando pela metade.

Segundo Nuria Chinchilla, diretora do Centro Internacional de Trabalho e Família, do Iese Business School, as empresas que sonham ser líderes de segmento no século 21 devem levar em conta as famílias, não somente dos parentes dos donos da companhia, mas de todos os seus colaboradores. E essa não é somente uma questão ética ou de solidariedade, segundo ela, mas parte de uma visão estratégica, afinal, se o funcionário está numa família estável, ele terá mais vontade de trabalhar e se vive numa família com problemas, seu desempenho cai.

Porém, a grande barreira para a disseminação do conceito de trabalhar por objetivos é a forte cultura presencialista – que é a obrigatoriedade de estar presente sempre para se mostrarcomprometido com a empresa. Essa é uma falsa crença, criada pelas gerações passadas e que deve ser desmistificada por nossos atuais gestores. Há os que vão ainda mais longe, precisam ver os funcionários digitando, escrevendo, ou ao telefone, enfim, em ação, caso contrário, pensam que estão “matando” tempo.

Há muitos gestores que, infelizmente, não pagam seus funcionários para pensarem ou raciocinarem, mas apenas para fazerem coisas. Será que desta forma a equipe realmente contribui para o sucesso da organização? O que querem de seus funcionários: sua simples presença física ou a realização dos objetivos? Os gestores precisam assumir a responsabilidade de criar um modelo de trabalho eficiente e não esperar que os próprios funcionários o criem.

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