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Síndrome de Burnout: pare antes que você seja parado

A Síndrome de Burnout, também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, é considerada um distúrbio emocional.

Alguns de seus sintomas estão relacionados à exaustão extrema, estresse e esgotamento físico, e resultam de um volume de trabalho desgastante, excesso de responsabilidades e ambientes com alto índice de competitividade.

Neste artigo compartilhamos um alerta para sua saúde mental.

São alguns conselhos que nosso consultor Uilker Benkendorf deixa para sua reflexão, portanto continue a leitura e desfrute das experiências.

 

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Influência do estado mental na vida profissional e pessoal

Cada vez mais, a saúde mental é assunto abordado em rodas de conversa com amigos, familiares e até colegas de trabalho, pois todos sentem os efeitos do acúmulo de atividades diárias.

Todas às vezes que as pessoas acumulam atividades, geram sobrecarga, ansiedade, podendo chegar até a quadros depressão e crises de pânico.

Sintomas esses, que na maioria das vezes são amenizados com uma mudança gradativa de comportamento, ajustes nas rotinas de trabalho e tratamento especializado.   

Abaixo, compartilho um pouco da minha experiência profissional conduzindo e treinando pessoas nas mais diversas áreas de atuação. Continue a leitura!

 

Burnout e o papel da liderança

Falo e repito constantemente em meus treinamentos de liderança de alta performance que o segredo para qualquer gestão eficaz é o equilíbrio. Lindo na teoria, não é mesmo? 

Equilibrar todas as esferas da vida é algo extremamente complexo, afinal vivemos numa montanha-russa que nos exige muito foco e concentração para prosseguir.

Esta analogia é perfeita: estamos falando de alta velocidade, com altos e baixos constantes, com loopings, acelerações e freadas bruscas, isso tudo para podermos permanecer nos trilhos. 

Contudo, nossa vida é uma trilha e não um trilho, afinal, estamos desviando de obstáculos o tempo todo e abrindo novos caminhos para chegarmos aos nossos objetivos

 

Estresse condicionado

No entanto,  até quando aguentaremos esta carga? Este nível de estresse condicionado?

Sim, condicionado, pois tomamos decisões conscientemente e as consequências do processo são oriundas das causas, e as causas são construções apoiadas pelos nossos valores, nossa cultura e por aquilo que nos submetemos.

Então, antes quero esclarecer algo bastante importante aqui: este texto não faz e fará qualquer apologia a preguiça, a falta de disciplina, a falta de comprometimento, a mediocridade, ao fazer “meia boca”, a insubordinação.

Jamais! Mas, para tudo existe um limite, afinal não estamos falando “simplesmente” de trabalho, mas de todas as esferas de gestão do ser humano.  

 

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Exigências

Sim, a vida é um conjunto de processos, por mais que esqueçamos disso!

Podemos incluir neste pacote as exigências do trabalho, a paternidade/maternidade, o trato e a gestão das pessoas,  a dedicação aos pais, aos grupos que convivemos, aos amigos, aos estudos, ao ensino.

Além disso, as suas necessidades pessoais, como se alimentar bem, ter uma boa noite de sono, um tempo para o lazer, para atividades físicas, para refletir sobre a vida e o rumo que se dá a ela, e por aí vai…

Nesse meio tempo, quando esquecemos de algo da lista acima, somos lembrados rapidamente pelas pessoas ou pela esfera da vida, as quais não estamos atentando, certo?

Pois bem, é complexo e simples de entender: quando colocamos foco e velocidade a uma esfera da vida, naturalmente as outras ficam descobertas, ou seja, abre-se uma lacuna que precisa ser preenchida no seu devido tempo. 

Assim, quando ao fim de uma jornada conseguimos fechar “nossos olhos” para um merecido descanso, o nosso “chip cultural” não nos permite desacelerar.

Isso mesmo, estamos tão acelerados que para desacelerar leva tempo, e quando precisamos desacelerar, não sabemos nem por onde começar. 

Delicado. Entendo que o tema deveria ser tratado como uma disciplina nas escolas primárias, já que ninguém é preparado — mesmo que na teoria — para dias tão sombrios.

 

Efeitos da Síndrome de Burnout

São dias difíceis que levam você a desacreditar de si mesmo, de se culpar pela incapacidade quase que natural de lidar com tudo simultaneamente, você literalmente “murcha”, perde o vigor, a energia. É a chamada despersonalização, onde nem você se reconhece. 

Em suma, estamos falando de Burnout ou síndrome do esgotamento profissional, ou como diriam os meus avós: estafa mental.

Sim, falamos disso há muito tempo, porém tendo em vista o nível de “aceleração do mundo”, o nosso corpo pede socorro em intervalos cada vez mais curtos.

Resumindo, ou desligamos o disjuntor, ou ele será desligado. 

 

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Sinais da Síndrome de Burnout

Comece a prestar atenção aos sinais! A princípio, estes sinais são visíveis e claros, mas normalmente não damos muita atenção.

Por exemplo, a alteração de humor, perda de memória recente, até transtornos de ansiedade, terror noturno, insônia, dores no peito e no corpo sem esforços, dormência no corpo, aumento da pressão sanguínea, e por aí vai, ou seja, uma bomba prestes a explodir.  

Além dos sinais mencionados acima, é importante prestar atenção a desgastes físicos decorrentes de doenças silenciosas.

É essencial ter sabedoria e iniciar ações para lidar com tudo isso, até porque quando falamos em liderança, tudo começa pela capacidade de gerir a si mesmo.

Por isso, olhe para as luzes amarelas ou vermelhas quando elas estão acesas, sempre com muita atenção, e se for necessário busque por ajuda.

Nunca estaremos sozinhos neste processo, portanto, o importante é que saibamos que outras pessoas terão uma grande influência e impacto nas nossas vidas.

 

Burnout: doença ocupacional

O problema é tão sério que neste ano a OMS declarou oficialmente o Burnout como uma doença ocupacional e pode ainda, gerar processos trabalhistas.

Dessa forma, a empresa é responsável direta ou indireta sobre a saúde dos seus colaboradores, visto que a síndrome de burnout tende a ser consequência da má gestão no trabalho, ocasionando um problema crônico.

Ou seja, para você gerir os outros, você precisa estar bem, na medida do possível, correto?

 

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Então, o que você tem feito para parar? Isso mesmo, parar!

Quando isso acontece conosco, a primeira coisa que passa em nossa mente é: como parar?

Como frear este ritmo frenético de vida, que nos condiciona a permanecer longos tempos debruçados sobre o computador e com as pessoas, dedicando-se a tudo e a todos?

Sim, entenda que mesmo com a sua autocobrança e a cobrança do mundo, de nada adianta você estar consciente, porém numa cama de hospital.

De nada adianta ser o melhor profissional, e não ter a competência de conduzir a própria vida, de nada adianta submeter o corpo e mente aos limites por muito tempo, até estar em “frangalhos”, pois o tempo passa e não tem marcha ré. 

Neste sentido, é interessante observar como somos realmente complexos e muitas vezes incompreensíveis! Vamos lá:

Muitos se sentem pressionados e angustiados quando não respondem uma mensagem recebida em tempo real. Isso é parte de um processo geral de aceleração da vida cotidiana.

Sobretudo, quando temos um tempo sobrando, ao invés de aproveitarmos com qualidade e com atividades que poderiam nos desacelerar, ficamos reféns do celular!

Outros têm um sentimento ruim e de angústia quando saem de férias, pois isso é para os “fracos”, e sem você a empresa não anda. Todavia, jogamos aos quatro ventos que precisamos urgentemente de férias, pois estamos no limite. 

 

Pare antes que você seja parado

Sem mais delongas: pare antes que você seja parado, dê um tempo para sua mente e para o seu corpo antes que seja tarde.

Por mais que este assunto seja plenamente debatido, estudado e divulgado na mídia, normalmente só damos atenção quando o problema se torna real e próximo, afinal pimenta nos olhos dos outros é refresco!

Nesse sentido, quando falamos em equilíbrio, qual é o seu real alicerce? Se não temos um porto seguro, o navio tende a naufragar! 

Onde e em que momento você recarrega suas baterias? Qual é a esfera desta caminhada que está frágil e precisa de cuidados?

Você tem assuntos pendentes de solução? Problemas mal resolvidos? Comece fazendo uma reflexão por ordem de prioridade e mão na massa!

Não deixe para amanhã aquilo que pode ser resolvido hoje!

Portanto, em primeiro lugar, compreenda que não somos infalíveis e que o mundão não vai acabar se você parar para respirar. Responsabilidade é um processo completo e não somente numa ponta.

Por fim, ou estamos bem a ponto de termos clareza, sabedoria e humildade para definirmos o que é mais importante, ou sofreremos as consequências dos nossos próprios atos.

É o processo natural de colheita do que plantamos, das nossas escolhas. 

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