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Como minimizar os riscos na tomada de decisão

Como sabemos, as empresas tomam decisões a cada minuto e, em cada decisão, existem riscos associados. Porém, estas decisões precisam agregar valor a todos os interessados no negócio, sejam os clientes, empresários, colaboradores, ou seja, todos os stakeholders envolvidos na operação do negócio.

Sendo assim, se uma decisão envolve riscos, esta exposição ao risco precisa gerar um retorno ou aumentar a vantagem competitiva de um projeto.

Como medir os riscos de uma decisão ou então como minimizá-los? Estas são algumas perguntas que serão respondidas no decorrer deste artigo.

Porém, para iniciarmos, proponho definirmos primeiramente o que é risco.

 

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O que é Risco?

Risco significa ousar. Trata da possibilidade de algo dar errado. Assim, os riscos estão presentes em todas as atividades do homem, inclusive nas empresas.

É a incerteza envolvida na obtenção de um resultado ou um de objetivo. Geralmente, um risco é qualificado pela probabilidade da ocorrência e pelo impacto que pode causar a um projeto, caso ocorra, ou seja, está diretamente relacionado imprevisibilidade dos resultados. Segundo a ISO, “é um efeito ou desvio da incerteza, o que resulta em ações positivas ou negativas.”

Sendo assim, o foco dos gestores deve contemplar uma gestão adequada dos riscos e não a tentativa de eliminá-los, já que isso é impossível. Quando entendemos que os riscos são inerentes a qualquer decisão, a gestão estratégica precisa agir no sentido de controlar e selecionar os riscos que podem gerar valor.

 

É possível controlar riscos?

As empresas precisam selecionar adequadamente os riscos estratégicos que podem correr para conseguir seus objetivos. E o mais importante é saber quais são os riscos que proporcionarão os melhores resultados e como as empresas podem aproveitá-los com eficiência.

O processo de gestão de riscos começa com a identificação dos problemas, internos e externos, sempre considerando as especificidades da empresa, do mercado e do momento econômico.

Em seguida, é preciso avaliar qual a probabilidade de ocorrência de eventos e qual o seu impacto. Depois dessa avaliação, é o momento de monitorar e dar o tratamento assertivo para cada risco, sempre tomando como base as premissas da organização.

Gerenciar o risco significa tentar evitar perdas, diminuir sua frequência ou a severidade das perdas. Sendo assim, o risco só deve ser aceito, quando for possível monitorá-lo.

 

Mas em que esferas do negócio existem riscos?

Em todas as esferas. E muitas vezes os riscos são gerenciáveis (inerentes a operação), ou menos gerenciáveis (riscos externos, que impactam a operação).

Riscos gerenciáveis tem a ver com decisões que normalmente envolvem crescimento, como a decisão de fechar negócio com um novo cliente ou fornecedor, buscar novas parcerias, desenvolver novos produtos, conceder crédito para um novo cliente, o risco de inadimplência, entre outros.

Quanto aos riscos onde o poder de gerenciamento é reduzido ou quando não há nenhum gerenciamento, podemos destacar questões relacionadas ao clima — que podem afetar diversos negócios, como a indústria têxtil, por exemplo, uma pandemia, mudanças nas taxas de juros ou na legislação, entre outros.

Sendo assim, os danos ou perdas relacionados a esses riscos podem surgir de ações, ou inações não intencionais dos gestores, ou colaboradores, de falhas tecnológicas ou da falta de gestão, de monitoramento, de processos e procedimentos adequados. E, quanto mais interligados esses riscos estiverem, mais complexa se torna a situação.

Vamos a um exemplo, voltando a indústria têxtil, que comentamos anteriormente:

O risco de mercado relacionado a mudanças de clima ou de políticas econômicas que impactam o consumo, e por consequência os volumes de vendas, estão diretamente relacionados ao risco da concessão de crédito.

Esse risco se dá principalmente a novos clientes, pelo fato de representarem um potencial de inadimplência alto, e essa relação deve ser considerada na tomada de decisão.

Outro exemplo que podemos citar é o segmento educacional. Um dos maiores riscos vinculados a este segmento é a inadimplência.

Isso porque, independente de questões econômicas, a legislação não permite que uma escola encerre o contrato de prestação de serviços, ou seja, significa que uma família pode ficar devendo por todo um ano e mesmo assim a prestação de serviço deve continuar. E este fator precisa ser considerado no processo de gestão.

 

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Mas como mitigar os riscos?

Fazendo uma gestão adequada, completa e abrangente dos riscos.

Para os gestores, é fundamental existirem habilidades, sistemas, métodos e ferramentas para administrar e gerenciar os riscos rotineiramente. Uma gestão de risco envolve a capacidade de melhorar a previsibilidade, calculando possíveis desvios e preparando a empresa para enfrentá-los.

Veja algumas das formas de gestão de risco nas empresas:

  • Gestão de risco de mercado: deve preparar a empresa para a flutuação de preços de matérias-primas que usa, bem como outros recursos complementares e similares;
  • Gestão de risco de crédito: visa proteger a empresa de eventuais perdas de receitas financeiras em função de vendas a prazo.
  • Gestão de risco de liquidez: visa manter o caixa da empresa com recursos suficientes para arcar com as obrigações do negócio.
  • Gestão de risco operacional: ficar atento a fatores externos, como o clima, legislação, economia, pandemias e outros eventos, assim como eventos internos, como greves, falta de manutenção, etc., que podem levar a parada das operações da empresa.

E isso pode ser maximizado com a utilização de algumas ferramentas como a matriz GUT (Gravidade, Urgência e Tendência), que auxilia na priorização no tratamento dos riscos.

Outro processo denominado “What If”, visa elaborar perguntas, como “se acontecer isso, se acontecer aquilo”. Exemplos:

  • E se um concorrente lançar um produto similar?
  • Se uma matéria-prima sofrer uma elevação de custo?
  • E se for criado um novo imposto ou mudar a legislação no meu segmento de negócio?
  • Se houver problemas com os canais de distribuição?

O conjunto dessas e de outras formas de gestão de riscos pode ajudar os gestores a criarem um mapa e um plano de ação para acelerar o processo de solução para cada um dos riscos identificados.

Concluímos ser impossível separar riscos de decisões, pois toda ação reflete uma consequência, seja ela positiva ou negativa.

Fica claro, também, que é necessário entender os riscos de uma decisão, buscar apoio em ferramentas ou formas para a gerir riscos, visando diminuir consideravelmente as consequências negativas sobre o processo ou projeto.

Você quer aprofundar mais nesse tema? Separamos aqui mais um artigo.

 

 

 

 

 

 

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